Ao atuar com mudanças organizacionais percebemos muitas vezes questões sobre o preparo para lidar com as mudanças: Como me preparo para elas? Como sei se minha equipe está preparada para estas mudanças? E a minha organização como um todo, como reconhecer se ela está preparada para as mudanças que estão por vir?
Estas são questões relevantes, e estão no radar de qualquer líder que lida com mudanças. Primeiramente, é necessário se ter claro O QUE de fato vai mudar. Este alinhamento com relação aos caminhos da mudança, cenário (atual e futuro) e impactos gerados nivelam expectativas de todos envolvidos com a mudança, o que é fundamental e um passo inicial para refletirmos sobre preparo.
Ao avaliar o nível de prontidão para mudança, devemos observar então 2 esferas diferentes: Os indivíduos e a organização como um todo. Muitas vezes observamos indivíduos alinhados e prontos para a mudança, entretanto a estrutura organizacional ainda imatura para lidar com o que está por vir, e vice-versa.
Indivíduos: Quando observamos as pessoas, devemos considerar como cada uma está pronta internamente para a mudança. Esta dimensão interna chamamos de transição (fenômeno psicológico pelo qual pessoas passam internamente ao lidarem com mudanças externas). A prontidão para fazer as transições está muito relacionada a dimensões diferentes do ser humano:
No campo das informações e pensamentos, as pessoas estão abastecidas de informação sobre a mudança, estão prontas no nível mental e compreenderam o que é e para que serve a mudança proposta? Muitas vezes a falta de clareza diminui a prontidão para a mudança, e em tempos cada vez mais voláteis, é necessário que as informações sejam filtradas e passadas com agilidade, para nivelar todos os envolvidos.
No campo da emoção e sentimentos, as pessoas aceitaram internamente as mudanças que estão por vir, o novo cenário e o que terão que abandonar para esta nova realidade? Este campo parece ser o mais desafiador de ser preparado, a falta de apoio interno para desapegar do cenário atual, e geração de confiança devem ser objetos de atenção do líder, que pode tratar individualmente cada colaborador de sua equipe.
No campo da ação e da prática, as pessoas estão prontas para operar na nova realidade? As capacidades necessárias para realizar a mudança existem? Nesta dimensão, o olhar do líder deve ser orientado para habilidades e capacidades presentes na equipe, além de conhecimentos necessários. A prontidão no campo prático está diretamente ligada com o preparo da própria organização para a mudança, afinal de contas, se a mesma não tem estrutura ou maturidade necessária para a mudança, certamente de nada adianta as habilidades e competências dos indivíduos estarem bem alocadas, eles simplesmente não conseguirão coloca-las em prática, e o conflito é iminente neste caso. Sendo assim, o que precisamos observar no preparo das organizações?
Organizações: O desafio de preparar a estrutura da organização para receber a mudança é muitas vezes grande e demanda integração de diferentes áreas, daí a necessidade muitas vezes de designar uma equipe destacada (integralmente ou parcialmente) para cuidar somente do projeto de mudança.
Alguns pontos são fundamentais para preparar a organização como adaptação no espaço físico, alinhamento de processos de trabalho, estrutura organizacional e diretrizes estratégicas alinhadas com as mudanças propostas. O alinhamento da organização ocorre paralelamente ao preparo das pessoas, dado que dificilmente haverá tempo hábil para primeiramente preparar a organização, e em seguida as pessoas.
A prontidão, no nível organizacional, é fruto de um alinhamento estratégico e de todas as lideranças, buscando construir uma estrutura que comporte e seja coerente com as mudanças programadas. Uma dica importante aos líderes que guiam este processo é: Prezar sempre por uma comunicação clara, desburocratizada e ágil para todos free citation generator os colaboradores. Ainda que haja incertezas estratégicas, que todas as respostas não estejam claras a todos sobre o cenário futuro, é imprescindível a constante comunicação com os colaboradores, para gerar confiança e ajuda-los e passar por suas transições individuais.
Por fim, observamos que o desafio da prontidão para mudança está muitas vezes relacionado com a falta de integração entre cuidar das pessoas e da organização de uma maneira paralela, criando um cronograma comum e coordenado de ações. Este desafio pode ser minimizado com um trabalho estruturado de Gestão da Mudança, aumentando o senso de urgência e organizando um esforço assertivo para lidar com impactos de toda mudança. A boa notícia é que há ferramentas para mensurar objetivamente a prontidão individual e organizacional para a mudança, conte com o nosso apoio.
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