Em uma era cada vez mais conectada, certamente a tecnologia moldou o mundo com que vivemos atualmente. Alguns dados são impressionantes, atingimos a marca de 4,1 Milhões de visualizações de vídeos no Youtube acontecem a cada minuto, 156 milhões de e-mails são enviados e 3,5 Milhões de buscas no Google ocorrem por minuto em 2017. E estes números só crescem. Novas tecnologias como internet das coisas, blockchain e realidade virtual tendem a fazer parte de nosso cotidiano em poucos anos.
Em um cenário como esse, a pergunta natural que vem à tona é: Como lidar com estas mudanças que ocorrem cada vez mais rapidamente?
Acredito que esta resposta é particular de cada um, mas há alguns pontos que são comuns a todos:
- Não é possível aprender tudo, e nem se deve tentar. Ao lidar com esta avalanche de diferentes informações, há um risco de se sentir incompetente, obsoleto ou incapaz de acompanhar a velocidade do mundo. Quem nunca pensou “eu não consigo nem imaginar como as pessoas criam uma coisa assim…”. No trabalho, algo semelhante acontece com a constante implementação de novas tecnologias e mudanças de estratégia.
É impossível buscar compreender detalhes de cada novidade em uma era exponencial como a nossa. O caminho pode ser buscar aprender o que faz sentido a partir dos seus objetivos, de sua realidade. O que de fato preciso absorver para conseguir interagir com meu entorno?
Esta pergunta, se refletida, nos tira de armadilhas como uma busca sem fim por cursos e formações do momento, especializações sem propósito ou uma angústia de estar sendo engolido pelas mudanças do mundo. Se colocar de maneira consciente em um processo de aprendizado é reconhecer qual é a sua parte de interesse nessas mudanças todas, e escolher a forma (experiencial ou teórica) e conteúdo (assuntos) que busca absorver.
- Nem todas as mudanças são para você, e tudo bem. Esta é outra armadilha posta pela tecnologia, a noção de que, porque a tecnologia está ali, então precisamos utiliza-la. Um dia um profissional me abordou vendendo uma tecnologia de leitura dinâmica, e ao perceber minha recusa, perguntou perplexo: “Você não quer ler mais rápido?!”. Eu pensei por uns segundos (juro que pensei mesmo!), olhei para ele e o respondi “Na verdade não, estou feliz com a velocidade que eu leio.” Eu realmente não vejo nenhuma razão para ler mais rápido, e há uma tecnologia disponível para isso. Outros adorariam ler mais rápido e consomem aquela tecnologia, e tudo bem também. Nem todas as mudanças devem fazer parte de nossa vida, precisamos mais do que nunca exercer nosso poder de escolha para selecionar o que entra para nossos hábitos e rotinas e o que escolhemos deixar como está. Esta mudança faz sentido para a minha forma de viver a vida? Esta pergunta nos ajuda a ponderar em que mudanças queremos nos engajar, e exercermos nossa capacidade de ser filtro do que absorvemos para nossa vida.
- O futuro pede de nós decisões, a serem tomadas agora. Para não sermos tomados pela correnteza das mudanças e nos tornarmos reféns delas, precisamos exercitar nossa capacidade de decidir, de maneira consciente, sobre nossa vida. Decidir a hora que algo não deve mais fazer parte de nossa vida, a hora de mudar para um novo cenário, mas também decidir a hora de permanecer, de conservar-nos onde estamos. Todos sabemos de cores salteados que as decisões do presente impactam o nosso futuro, entretanto com cada vez mais informação e transformações ocorrendo no nosso entorno, muitas vezes pode acontecer um desequilíbrio entre o que se é e o que vai vir a ser. Viver no futuro é uma experiência imaginativa, e pode servir de inspiração para o presente, pois (as vezes esquecemos disso) é nele que estamos agora. Entretanto viver somente ou a mercê do futuro é um grande risco. Uma pergunta que pode ajudar neste processo para viver o presente é: Que escolhas precisamos fazer para aproveitar o presente e construir o nosso futuro? Muitas vezes estas decisões exigem coragem, e uma atenção grande a transição interna que estamos passando ao decidir tais mudanças em nossa vida.
Certamente os caminhos para lidar com as mudanças que vivemos atualmente são diversos, e particulares a vida de cada um. Não há (e como seria bom se houvesse!) uma fórmula pronta, entretanto há alguns paper writers pontos que podemos explorar e cuidar, para que cada vez mais estejamos conectados com os impulsos ao nosso redor, as novas tecnologias e atrelemos todo esse contexto aos nossos objetivos.
Como na poesia de Antônio Machado, “Caminhante, não há caminho, se faz caminho ao caminhar”, que consigamos descobrir nossos caminhos próprios para lidar com todas as mudanças que certamente ocorrerão conosco. Boa jornada!
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