Abordagem AM une o técnico ao humano para conduzir mudança e transição de forma menos traumática e mais eficiente

*Katia Soares Natalicchio

Já há algum tempo, o mercado vem dando sinais de que a Gestão da Mudança está ganhando espaço e importância na condução dos negócios de pequenas, médias e grandes organizações. Dois exemplos recentes são: 1) a realização do I Fórum Brasileiro de Gestão da Mudança, que aconteceu no final de maio em São Paulo, reunindo empresas e especialistas; e 2) a certificação ISO 9001:2015, cujas alterações em relação à versão anterior (2008) incluem, dentre outros pontos significativos, a participação mais atuante da liderança, a ampliação do entendimento do contexto organizacional, o aumento da conscientização da responsabilidade socioambiental, a determinação de controle de riscos e a gestão da mudança.

A verdade é que estamos vivendo em um ambiente cada vez mais complexo, onde o ritmo acelerado passa a fazer parte da agenda diária da vida de milhares de executivos na entrega de produtos e serviços. E o líder nunca precisou tanto de apoio para conduzir um processo de gestão como agora. Seja impulsionado a partir de uma pequena iniciativa, um projeto, estrutura ou função, ele está sendo chamado, cada vez mais, a gerenciar mudanças em seu entorno.

O que chama a atenção nas empresas atendidas pela Agentes da Mudança é que este tema ainda é muito desconhecido por parte da liderança e, às vezes, chega a ser comparado com “fazer team building” ou, como dizem por aí, “abraçar a árvore”. E foi a partir de escutas deste tipo, e com o objetivo de apoiar toda e qualquer liderança, que surgiu a motivação para o desenvolvimento da Abordagem AM com 5 passos (Arquétipo da Condução da Mudança e da Transição), valorizando a jornada e não somente a reta final de um processo de Gestão da Mudança, que normalmente tem uma concentração de esforços no início ou no fim da implementação da nova iniciativa.

Quando começamos uma mudança – como o exemplo da implementação da certificação ISO 9001:2015, acima mencionado – é fundamental trabalharmos a liderança para atuar em um novo estilo de gestão. Um estilo que conscientize a importância de atuar como um Agente de Mudança. Para tal, é necessário saber lidar com o que ocorre fora das pessoas: o planejamento de atividades, o orçamento, a delegação de responsabilidades, a comunicação, a condução de uma reunião, a montagem da governança, as diretrizes estratégicas, etc. Isso é o que chamamos de mudança. E para complementar esta visão, torna-se fator-chave (e creio que este seja o grande desafio) preparar as lideranças para ocupar-se com o que ocorre dentro dos indivíduos. Aí, já estamos falando da maneira como as pessoas vão reagir psicologicamente a partir do impacto da mudança ocorrida, com suas dúvidas, desconfianças, raivas e medos. E isso é a transição.

Para cuidar da mudança (externa) e da transição (interna), criamos a Abordagem AM, que conduz cada um dos cinco passos da metodologia, entrelaçando as dimensões técnica e humana. Assim, no passo 1, quando a dimensão técnica está voltada para o planejamento, a dimensão humana está estabelecendo os contatos, olhando para o que está acontecendo e para as pessoas envolvidas; no passo 2, a dimensão técnica cuida do desenho da solução, enquanto a dimensão humana está ouvindo pessoas, grupos e áreas afetadas, alinhando o entendimento; no passo 3, a dimensão técnica está focada na construção da solução, enquanto a dimensão humana trabalha e reforça a crença das pessoas nas transformações que virão; no passo 4, a dimensão técnica se ocupa da implementação das mudanças, e a dimensão humana, do comprometimento; e no passo 5, a dimensão técnica cuida da operacionalização, enquanto a dimensão humana está tratando de motivar a consciência de sustentação das mudanças. Resumindo: por valorizar igualmente tanto as metas e resultados como os seres humanos, a Abordagem AM oferece melhor clareza da estratégia da mudança; integração e engajamento das pessoas de forma focada e direcionada na cultura organizacional; construção conjunta das ações para minimizar os impactos organizacionais e o compromisso nos ajustes e resultados; e incentivo à inovação contínua da mudança.

É fato que as pessoas reagem de forma diferente à mudança e, ao mesmo tempo, precisam manter sua individualidade, sua essência e sua capacidade de entrega de resultados. É muito pertinente a citação de William Bridges, renomado psicólogo norte-americano: “Esforços de mudança que não levam em conta a transição individual são como operações de sucesso nas quais o paciente, infelizmente, morre.” Por acreditar nessa premissa, a Abordagem AM contempla conceitos fundamentados na Antroposofia e disponibiliza ferramentas aceleradoras específicas que, de forma simples e didática, explicam o passo a passo de como implantar cada ação e o porquê da sua utilização. Modelo de Governança, Estratégia e Plano de Comunicação, Modelos de Mapa de Stakeholders, Mudanças e Impactos Organizacionais e Orçamento são algumas dessas ferramentas. E a partir delas, é facilitado ao Líder Agente da Mudança o conhecimento necessário a fim de que ele possa otimizar sua agenda para cuidar e investir no desenvolvimento das pessoas que serão impactadas pela mudança. Um outro diferencial da Abordagem AM é que sua aplicabilidade não tem limites para a liderança. Construída como um arquétipo, ela já está sendo aplicada em nossos programas de formação abertos e in company, sessões de coaching, mentoring e consultoria. E em função da sua forma simples de entendimento, ela alcança os níveis estratégico, tático e operacional das organizações.

Hoje, estamos compartilhando essa abordagem inovadora para a condução da mudança e da transição. Em breve, contaremos e descreveremos vários casos de sucesso. Afinal, liderar é estar preparado com ferramentas e atitudes para servir de exemplo. O líder precisa estar informado para iniciar a formação de pessoas à sua volta, iniciando com a transição em si mesmo para depois guiar pessoas, grupos e organizações para a mudança. Sozinho? Nunca! E dispondo de uma abordagem que o apoiará na trajetória do cuidar da mudança e da transição ao mesmo tempo. Mudar significa sair da zona de conforto. Aceitar sugestões que, algumas vezes, contrariam um ponto de vista consolidado. O autodesenvolvimento é a própria mudança. É o momento em que você amplia suas capacidades ou cria possibilidades. Vamos juntos? A Agentes da Mudança está com você.

Se nossa abordagem faz sentido para você e outros colaboradores da sua organização, informamos que já estão abertas as inscrições para a turma 2016 do Programa de Formação Líderes Agentes da Mudança. Clique aqui e garanta sua vaga.

Katia Soares é criadora da Agentes da Mudança, Escritora, Consultora especializada em Gestão de Mudança Organizacional, Mentoring e Executive Coaching.

Por |2017-10-30T11:37:21-02:0022 de novembro de 2016|0 Comentários

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