A transição de um mundo OU para um mundo E

 

Acabei de receber de um dos participantes do Programa de Formação Líder Agente da Mudança, o vídeo do Thiago Rodrigo que me fez relembrar a importância de aprendermos com as crianças. Ele conta que um Antropólogo estava estudando os usos e costumes de uma tribo africana quando ao final dos trabalhos propôs uma brincadeira as crianças da região. Colocou um cesto de doces embaixo de uma árvore e propôs uma corrida. Quem chegar primeiro leva o cesto. Quando o Antropólogo falou “já”, as crianças deram as mãos e correram juntas para a árvore, pegaram o cesto juntas e comemoraram juntas. O Antropólogo olhou para cena curioso e uma das crianças olhou para ele e disse: UBUNTU tio. Como uma de nós poderíamos ficar feliz se todas as outras ficariam tristes?

UBUNTU significa na filosofia africana, SOU QUEM SOU PORQUE SOMOS TODOS NÓS.

 

Uma pessoa com esta consciência sabe que o mundo não é uma ilha e que ela precisa dos outros para ser ela mesma. E isso quando somos crianças fica fácil de perceber, mas quando viramos adultos nós nos perdemos pelo fato de desacreditarmos na nossa proposta de vida, no nosso talento único e em nossos sonhos. Assim aos poucos nossa mente é programada para a competição, as cisões, os embates e tudo aquilo que faz escolhermos entre isso ou aquilo.

Quando entramos no lugar da empatia, vamos usar mais o E do que o OU. Neste sentido podemos apoiar o desenvolvimento de uma cultura E criticar valores que não ornam mais com ela. Podemos estar sendo liderados E sugerir melhorias para esta liderança. Podemos trabalhar em um local da empresa E também solicitar trabalhar em home office. Podemos atingir metas individuais E auxiliar as metas de outras áreas/pessoas. Desta forma entramos em uma nova forma de liderança.

Do contrário, ao praticarmos mais o OU, talvez possamos estar a serviço do interesse próprio e do lucro a qualquer preço. Por que fazemos isso? Porque estamos inseridos em um contexto gigante de mudanças, que nos desfoca. Outras vezes para agradar a família, a um líder, um amigo ou mesmo para adquirir fama e poder. Isso em algum momento nos motiva e passa a ser a fonte do nosso entusiasmo, mas chega uma etapa da nossa vida que esta motivação vai embora, porque este propósito não tem vínculo com o coração. Não faz sentido para a nossa alma. As ações a serviço da “fazeção da vida” não tem vínculo com o nosso propósito interno.

Paramos de perguntar o porquê das coisas e saímos fazendo desesperadamente para dar conta das expectativas do nosso entorno e não ouvimos mais a nossa expectativa. Daí, começamos a nos sentir solitários. E o que é este propósito interno? O que é essa transição interna? É manifestar o que de fato somos. É fazer valer os nossos talentos e vontades de estar a serviço do que viemos fazer neste mundo. É em primeiro lugar voltar e resgatar a criança que ficou lá trás, e que pela a influência da família, dos amigos e do trabalho, esqueceu a sua grande competência. É ser o Agente de Mudança da sua vida e da maneira como pode ser. Assim a conexão com o entorno é imediata. Tudo chega para que esta missão de vida e este talento seja verdadeiramente utilizado. Pessoas, ajuda material, locais e desafios. Os resultados surgem, só que o início deste caminho é de dentro para fora. A palavra propósito passa fazer parte do nosso modo de viver e nos desperta do nosso sono. É a partir da clareza do nosso propósito que passamos a não separar mais as coisas e pessoas. Assim podemos integrar equipes, estratégia, decisões, comunicação, ferramentas, processos, competências e tudo aquilo que nos move genuinamente a serviço do bem comum e não mais no interesse próprio que nos remete ao egoísmo, a ansiedade, ao medo e ego.

E quando isso fica claro para a liderança empresarial, tomadora de decisão, ao mesmo tempo, toda uma cultura ganha um poder imenso. Este movimento abre espaço para que todo discurso seja praticado no dia a dia(walk the talk), que haja uma rede de escuta ativa para compreensão das necessidades de cada área. Que produtos e serviços sejam co criados considerando competências variadas. Isto significa colocar o “Elefante Branco” na mesa e discutir com transparência questões que precisam ser endereçadas. E isso não é trabalho para uma única pessoa, mas de toda liderança que necessita ser engajada e preparada para lidar com este contexto. Isso significa criar a cultura da diversidade. Ter um grupo diverso que mova a organização é mandatório para a criação desta cultura de inovação.

E qual o papel da comunicação e da alta liderança neste mundo de substituição do OU para o E?

Ela passa a ser ajustada a cada tipo de público, apoiada pela alta liderança com o papel de guardiões e sustentadores do processo. Sim, a alta liderança é fundamental neste contexto, porque quando se é trabalhado ações de longo prazo de forma colaborativa com a prática de valores comuns, vinculadas ao propósito da empresa, a engrenagem começa a rodar de forma muito diferente. Os olhos brilham e ao mesmo tempo os resultados surgem. Quando o propósito da empresa se conecta aos propósitos individuais, a mágica surge. Isso é como eu chamo trabalhar o contexto VUCA de dentro para fora.

E quando esta cultura é formada, ela responde aos anseios individuais de compreender a identidade da empresa(propósito e valores), de encontrar espaço para atuar no mundo das relações com (informações adequadas, transparência, menos hierarquia), de poder se dedicar com mais fluidez a medida que o mundo dos processos atua com (ferramentas de gestão de forma integrada) e por fim com recursos humanos e técnicos se conversando(competências, ferramentas, habilidades). Tudo isso para estimular a criatividade das pessoas, a consciência do indivíduo para ele poder escolher o que estimula a sua ação no mundo. Talvez com este movimento, as pessoas não se importem tanto com o local de trabalho, mas como se conectarão com os demais. Em home office? Em um café? No espaço com jardim que a empresa oferece? Isso é apenas o começo de toda uma jornada de libertação de amarras e regras que não fazem mais sentido para o o líder que percebe a amplitude do seu papel em ser um Agente da Mudança que provoca a transição de um mundo OU para um mundo E.

Nós já estamos apoiando este momento. Como? Há 8 anos estamos preparando e instrumentalizado líderes para estar nesta página.

Já estamos embarcando a tripulação de 2019. Para estar conosco no Programa de Formação Líder Agente da Mudança Clique no link abaixo e faça sua inscrição.

Mais informações www.agentesdamudanca.com.br/formação

Por |2019-10-21T15:21:43-03:0026 de setembro de 2018|0 Comentários

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